“Ambiente pessoal de aprendizagem, em plataformas digitais”

"Comentário critico"

Contemporaneamente agregado às crescentes e massivamente adotadas formas de comunicação e sociabilização apoiadas em redes digitais. Popularizou-se e diversificou-se a oferta e procura de possibilidades de aprendizagem à distância e especificamente as mediadas por tecnologias.

 Do seio das novas dinâmicas socias apoiadas em tecnologias, e centradas na interação social e colaboração, emergiu este novo paradigma educativo, demostrando que a aprendizagens online com todas as suas especificidades, coabitam com a importância da gestão individual na aprendizagem , a par da relevância dos significados nas/das interações sociais. Emergem conceitos como ambiente pessoal de aprendizagem/Personal learning environment (PLE) e rede pessoal/profissional de aprendizagem, como contributo para a auto-organização e gestão pessoal inerentes a uma aprendizagem online.

O conceito de PLE, pela sua multidimensionalidade, enquadra-se uma diversidade de conceções, que tendem a se centrar na interação entre as pessoas e as comunidades, as ferramentas e recursos, em detrimento de caracterizações puramente técnicas. Os princípios que valorizam este conceito são, a promoção e responsabilização do aprendente sobre a sua própria autonomia e controlo do percurso de aprendizagem, agregando os seus interesses, motivações, sentimentos, âmbitos pessoais, profissionais e sociais, com as diversas formas de se aprender (variadas abordagens pedagógicas, aprendizagens formais e informais).

O PLE, versus os tradicionais modelos pedagógicos, que se prendem à transmissão de conhecimento, e que relevam os fatores psicológicos motivacionais e sociais. Promove a importância da interação de todos os fatores intrínsecos ao aprendente meio social e pedagógico, assim como o apoio e oportunidades para o autocontrolo na aprendizagem. Pretende-se que a PLE se torne a base de redes de aprendizagem, com significado para os aprendentes, favorecendo desta forma a reflexão e motivação, sobre aprendizagens, autodirigidas e motivadas, ativas com os recursos, processos e outros elementos da rede de aprendizagem.

 Neste contexto digital contemporâneo onde os avanços na tecnologia, possibilitam através das ferramentas sociais e semânticas interativas, que se multipliquem e diversifiquem as possibilidades de construção e fusão de conhecimentos, através de redes de aprendizagem ativas e significativas, promovendo e propiciando a autonomia e espirito crítico dos aprendentes sobre si, e a aprendizagem no seu desenvolvimento pessoal.

Humanamente estes conceitos salientam a importância do eu do próximo e do meio, na aprendizagem. Na prática ainda temos um longo caminho a percorrer, que exige o reconhecimento deste novo paradigma educativo social e tecnológico, por parte de todos os intervenientes na educação, assente nas experiencias do passado, nas transformações e exigências do presente e nos desafios de um futuro que se pretende melhor.

Bibliografia

Monteiro, A.; Moreira, A.J. Almeida, A. C. (2012)Educação online : pedagogia e aprendizagem em plataformas digitais. Defacto: Santo Tirso- Portugal

 (Cap. VI. PERSONAL LERNINGENVIRONMENTS: UM PRETEXTO PARA (RE) PENSAR A APRENDIZAGEM EM PLATAFORMAS DIGITAIS. Maria Augusta nascimento.)

"Terá a Internet  provocado uma revolução educacional" ?

"Has the internet sparked an educational revolution?" 

     (Clique no Link, Titulo original em Inglês)

"A Internet está ajudando a remodelar os fundamentos da  própria educação, permitindo que os indivíduos  aprendam a partir do conforto de suas próprias casas,[...]

O correspondente da BBC Matt Danzico investiga o lugar que as instituições académicas tradicionais têm em um mundo consumido pela do-it-yourself  da educação.""

Retirado do Website , BBC News Magazine ,  a 07/05/2013 em; http://www.bbc.co.uk/news/magazine-17264945

Apresentação- Aplicaciones Educativas de las redes sociales

Aplicaciones Educativas De Las Redes Sociales from Juan José de Haro

Video- Blog na Educação

Video- Entrevista ao Prof. José Manuel Moran

Nós da Educação (José Manuel Moran)

      

A Internet

A Internet

“[…] a aprendizagem online quase sempre se associa a uma aprendizagem pela Internet, “ (Haughey & Anderson ,1998) citado em (Fahy.2008:16)

A interatividade e flexibilidade na comunicação entre os intervenientes em situações de aprendizagem, aprendizes, recursos, educadores, administrativos é uma das vantagens da utilização da internet na educação/formação. Pertence aos educadores um aproveitamento educativamente coerente e significativo, de todas as vantagens e desafios intrínsecos à aprendizagem pela internet.

O rápido e constante crescimento, propagação e diversidade de Websites, e da utilização da internet enquanto veículo comunicacional. Tende a aumentar o impacto do fenómeno internet.Principalmente enquanto os recursos existentes na internet, propiciarem ou se adaptarem às especificidades e interesses individuais do utilizador. As possibilidades de personalização na forma como se interage e utiliza a internet, ou como os educadores a podem adaptar ou modificar, adequando-a às necessidades e especificidades individuais dos estudantes, a par das potencialidades de interação e colaboração que propiciam, são fatores que tornam a internet uma poderosa ferramenta de aprendizagem. Simultaneamente a intrínseca falta de estrutura da Web, pode provocar uma árida e desadequada utilização, tornando-se um tempo perdido a navegar num oceano de informação, mas do qual não se obtém os resultados esperados ou desejáveis.

Fatores necessários a uma utilização produtiva e corrente da internet, são a destreza básica necessária à utilização do hardware e software, que em conjunto permitem o acesso e navegação. Como uma literacia para as tecnologias, e para o consumo/produção dos conteúdos existentes no mundo virtual.

A internet atrai e seduz os alunos (quase todos os seres humanos), propiciando a atenção e a motivação, a utilização da comunicação mediada por computador, em ambientes virtuais, possibilita e promove a realização de trabalhos em grupo e uma consequente (provável, desejada) aprendizagem colaborativa.

Da Web 1.0 à Web 3.0.

A Web 1.0, arrogava-se a uma inerente ausência de interatividade, onde uns poucos colocavam informação por si selecionada, consumida passivamente (impossibilitados de interagir com a informação) por muitos. Informação, essa que devido à sua unilateralidade, poderia suscitar a desconfiança na sua veracidade. A Web 1.0, de grosso modo pode ser caracterizada pela transmissão unilateral de informação.

A Web 2.0, caracteriza-se pela interação, pelas redes sociais e pela construção e divulgação de conteúdos por parte do utilizador, que simultaneamente assume um papel de consumidor e produtor, usando ferramentas como, Wikis, Blogues, Podcasts …

Prevê-se uma Web 3.0, “Web Semântica”( Fahy.2008:17) com superior aceitação, já que pressupõe o alargamento a milhões de novos utilizadores via dispositivos móveis. Baseada num conceito de tecnologia social, e a rotulagem e organização da informação. Possibilitando assim um mais eficaz e eficiente acesso à informação desejada. Esta rotulagem pressupõe também que os próprios computadores e afins, efetuem uma leitura e triagem da informação, comparável à leitura e pesquisa humana.

Divergem as opiniões se a Web 3.0, crescerá ou não do interior da atual Web 2.0.principalmente por motivos de incompatibilidade tecnológica, e da necessária re/organização dos conteúdos existentes na atual.

Bibliografia

Fahy, Patric J. As Características dos Meios de Aprendizagem Interativa Online. (2008). Athabasca Universit (Tradução de: Maria Francisco, Paulo Sopa, Catarina Oliveira, Liliana Vidal, Maria Clara Pereira) Texto disponibilizado no espaço da UC de Educação e internet, acedido em; http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/mod/resource/view.php?id=2609562 a 16/04/2013

Os Media na Formação à Distancia

“Os Media na Formação à Distancia.”

“ […] nenhum meio, ainda que tecnologicamente bem desenvolvido, é de facto, apropriado para todas as audiências estudantis e para todos os contextos de aprendizagem.” (Fahy,2008:3)

Principalmente nas ultimas décadas o computador (e as chamadas novas tecnologias, e outras ferramentas e recursos agregados, software e hardware) tornou- se uma tecnologia quase omnipresente, facilitadora e transformadora da vivencia do ser humano. Por um lado o seu impacto na economia, industria, investigação, medicina, educação e muitas outras áreas, é inquestionável. Por outro o uso do computador utilizado a nível pessoal, propiciou uma transformação na transmissão e construção de conhecimento, na rapidez, flexibilidade e aparecimento de novas formas de comunicação, no conhecimento do mundo e de diferentes culturas e estilos de vida, no consumo, na divulgação e receção de estereótipos e ideais de beleza, no entretenimento e divulgação de uma cultura de massas,.. Toda esta evolução tecnológica em interação com a diversidade e especificidades do ser humano, trouxe ou possibilitou incontestáveis benefícios e malefícios para o ser humano, por uns defendido por outros criticado, a realidade é que a constante e rápida evolução tecnológica, só se torna viva e só adquire qualidades de bom ou mau, quando habitada pelo ser humano.

Os media, e sua relação com a educação/formação à distância

Entendendo e descrevendo de breve e grosso modo, comunidades de aprendizagem (virtuais). Como Um grupo ou grupos, que em comum procuram atingir finalidade e objetivos educacionais, baseados em princípios de interajuda, apoio mutuo e trabalho colaborativo.

A utilização dos média como meios de comunicação nestas comunidades, veio flexibilizar e otimizar a comunicação educacional, facilitar o desenvolvimento e evolução dessas mesmas comunidades, e também na aprendizagem individual e redução da distância transacional. Também propiciou novas problemáticas educativas, das quais a pedagogia não se pode distanciar. Como a necessária flexibilidade e diversidade de ferramentas de interação, recursos, métodos e práticas educativas que se adeque, à diversidade de estilos e preferências de aprendizagem, isolamento dos alunos, impacto e consequências dos próprios media nas interações e situações de aprendizagem.

A colaboração, e cooperação dos alunos com os pares, recursos e professores, a existência de fatores motivacionais intrínsecos e extrínsecos que propiciem a organização da aprendizagem autónoma e ativa. A par de docentes/moderadores qualificados pedagogicamente e tecnologicamente, incentivadores, facilitadores, presentes, lideres, e atentos às necessidades, diferenças, e especificidades individuais dos alunos.

Assim como a utilização adequada dos recursos de comunicação disponíveis, um ambiente educacional devidamente estruturado, com a adequada assistência via media que possibilite exercitar as suas capacidades, e atingir os seus objetivos pessoais. São as bases que favorecem tanto o sucesso individual do aluno e do grupo, como propiciam aprendizagens significativas para os próprios.

O aluno online, deve ser capaz de desconstruir e reconstruir coerentemente e por escrito as aprendizagens adquiridas, e não somente debitar, os manuais ou recursos utilizados.

Comentário pessoal

De grosso modo e não esquecendo que os media são um meio e não o fim da educação/formação online. O aluno e a aprendizagem significativa e coerente, è a principal finalidade da educação. O orgulho da pedagogia seja online ou presencial, não se deve basear no conhecimento dos docentes, ou inserido nas tecnologias/medias, mas sim nos conhecimentos adquiridos/construídos pelos alunos.

Bibliografia

Fahy, Patric J. As Características dos Meios de Aprendizagem Interativa Online. (2008). Athabasca Universit (Tradução de: Maria Francisco, Paulo Sopa, Catarina Oliveira, Liliana Vidal, Maria Clara Pereira) Texto disponibilizado no espaço da UC de Educação e internet, acedido em; http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/mod/resource/view.php?id=2609562 a 16/04/2013